No primeiro semestre, as disciplinas de biblioteconomia chegam de mansinho em meio a outras menos específicas. Primeiro temos introdução à biblioteconomia, depois vamos nos familiarizando com a normalização, por fim aprendemos sobre a trajetória dos livros e a evolução das bibliotecas. Paralelamente, somos apresentados às bases de dados e aos princípios que regem a comunicação científica.
Tudo vai muito bem. Tudo sob controle.
Eis que a biblioteconomia hardcore dá as caras em representação temática I. Começamos a conhecer o incrível mundo do processamento técnico. À primeira vista é mesmo apavorante, mas depois… bom depois fica ainda mais assustador, mas nada que não possa ser resolvido com boas horas de estudos.
Em representação temática I conhecemos Melvil Dewey.
Dewey? Aquele gato amarelo?
Não nego que esta foi minha primeira referência ao nome, mas o Dewey original é ainda mais interessante que o gatinho da biblioteca. Ele figura entre os meus bibliotecários preferidos, junto com Cutter e Ranganathan.
Depois de termos noções básicas sobre a Classificação Decimal de Dewey (CDD), mergulhamos na catalogação e em suas inúmeras regras em representação descritiva I e II. Enquanto vamos trilhando a AACR e as instruções do MARC, volta e meia me pego deslumbrada pensando nos gênios que se debruçaram sobre o problema da recuperação da informação e bolaram esquemas inacreditáveis de organização e armazenamento da informação.
Sorte a nossa!
Só precisamos aprender.